Ser território: Diálogo para uma convivência museológica
Admirar;
(exterior)
Envolve-me o que não conheço, ou que não faça parte do meu feitio ou que já é dito vagamente sobre meus afazeres dia após dia. Quero conhecê-lo.
Receber;
(recepção)
Entro logo os admiro pela gentileza e pela educação
Educação de ser bem recebido de ser bem informado sobre aquilo que me impressiona sobre aquilo que me interessa.
Questiono,
(interior)
Pois tudo me faz curioso ( me faz estranho, tudo que me olha me questiona).
Quero acolhimento e me necessita - o ter
Perambulo atrás de conhecimento humano, de conhecimento que me engrandece como ser, e isso também necessita de ajuda e apoio. Apesar de não ver, me dói e corro atrás.
Quero receber todos os modos de se comportar neste espaço
Pois também sei que, a sociedade os tem como ritual mesmo em constante mudança.
Territorializo;
(mapa pessoal)
Sei que, o espaço é o intervalo de tempo entre um lugar ao outro
Neste intervalo, observo e sou observado constantemente.
Cada imagem me olha, me convertem para seus ângulos: de trás, de frente, de lado, de costas, por cima, por baixo.
E isso me pressiona.
Faz-me seus reflexos.
Em seguida me familiarizo.
Envolver;
Reparo que existem outras linguagens que me abordam: escrita, a fala, materiais, gestos, sensações.
É fácil de pensar que é o extremo oposto de uma Torre de Babel. (entende- se tudo em conjunto).
Vejo-me;
(educadores: são como as mãos, apesar de saber que é possível ‘’ver’’ com os olhos sei também que ‘’ver’’ é tocar. Apoiando-me para um outro entendimento além do nosso mundo que cansa, que é mecânico).
Noto que existem e moram pessoas neste lugar que fazem parte do meu universo, E ver isso, me consola, me faz pensar que é notável, e que mesmo que seja complexo o processo, é ‘’transformador’’ viver neste espaço que intitulam como Museu.