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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Sebastião Salgado

O fotógrafo brasileiro Sebastião Ribeiro Salgado nasceu na cidade de Aimorés, localizada no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, no dia 8 de fevereiro de 1944. Graduado em Economia, ele trabalhou no Ministério da Economia, em 1968.

Devido a perseguições políticas empreendidas pela Ditadura Militar, ele foi obrigado a buscar asilo político em Paris, em 1969. Lá, ele completou o doutorado em Economia, em 1971.

 Ao completar 29 anos, em uma viagem à África, levando consigo uma máquina fotográfica de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, ele teve seu encontro definitivo com a fotografia.

Sebastião descobre no trabalho fotográfico a melhor forma de enfrentar os acontecimentos planetários, principalmente em seus aspectos econômicos. É seguindo por este caminho que ele se transforma em um dos principais e mais venerados fotógrafos da atualidade, no campo do fotojornalismo.

Adepto das fotos em branco e preto, Sebastião Salgado voltou para Paris, em 1973, dando início à sua trajetória nesta nova profissão.

Sebastião passou pelas principais agências fotográficas da Europa – a Gamma, em 1974, registrando imagens sobre a Revolução dos Cravos, em Portugal; a Sygma, de 1975 a 1979, através da qual ele transitou por mais de vinte países, fazendo a cobertura dos mais variados acontecimentos; a Magnum Photos, em 1979, cooperativa instituída por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, entre outros fotógrafos, na qual realizou a fantástica sequência de fotos documentais sobre camponeses latino-americanos, durante sete anos.

Lançou diversos livros:

·         Trabalhadores (1996)
·         Terra (1997)
·         Serra Pelada (1999)
·         Outras Américas (1999)
·         Retratos de Crianças do Êxodo (2000)
·         Êxodos (2000)
·         O Fim do Pólio (2003)
·         Um Incerto Estado de Graça (2004)
·         O Berço da Desigualdade (2005)
·         África (2007)
·         Gênesis (2013)

O próximo tema a que ele se dedicou, de 1993 a 1999, foi o da emigração massiva de pessoas no mundo todo, dando origem à obra Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, de 2000, ambos alcançando grande sucesso mundial.

A série Êxodos reúne seis anos de trabalhos realizados em viagens a 40 países, retratando histórias de pessoas que foram obrigadas a deixar a terra natal fugindo da pobreza, da repressão ou das guerras.

Na introdução de Êxodos, escreveu:

"Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas [...]".


Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo em que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e outras injustiças.