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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Reconstruindo e discutindo o tema proposto


Em 1987, publiquei meu primeiro livro, intitulado Museu, escola e comunidade: uma integração necessária. Escolhi esse título não só por acreditar que era significativo para as ações ali registradas, mas também por considerar, já aquela época, que a escola, o museu e a comunidade deveriam interagir, realizando ações conjuntas, buscando objetivos comuns. Portanto no meu entender, o museu é uma instituição que tem o compromisso com o processo educacional, seja ele formal ou informal, devendo a escola também participar e interagir com a comunidade onde está inserida. Nesse sentido, a participação comunitária não exclui a participação no ensino formal; ao contrário; é necessária a integração, a atuação conjunta. Tanto o museu como a escola devem potencializar os recursos educativos de uma comunidade, realizando o intercâmbio necessário entre ensino formal e não formal, um alimentando o outro e se enriquecendo mutuamente.

(...) as diretrizes e metas traçadas para a política educacional no momento presente devem apontar para uma ação multidisciplinar que enfoque as diferentes maneiras humanas de ser, de estar no mundo e de construção e reconstrução das múltiplas realidades.

Enfim, cada vez mais se torna necessária uma ação educativa que tenha como referencial o patrimônio cultural, considerando seu rico processo de construção e reconstrução. Sendo assim as atividades pedagógicas deverão buscar, por meio de uma ação integrada com a comunidade onde a escola está inserida, a qualificação do “fazer cultural” local, buscando inseri-los nos contextos nacional e internacional.

(...) Encurtar, pois as distâncias entre o ensino formal e não formal é urgente e necessário. A vida, o conhecimento construído e reconstruído a cada momento na vivência do cotidiano deve ser um referencial essencial para a análise e o enriquecimento da prática pedagógica, proporcionando ganhos significativos para todos os sujeitos envolvidos no processo: professores e alunos dos diversos níveis de ensino, membros da comunidade, pesquisadores, etc.

(...) é possível organizar uma ação educativa complexa, que seja resultante de uma rede de interações entre diversos recursos educativos. Não se trata de somar ou adicionar componentes isolados, mas de integrá-los ao redor de objetivos educacionais comuns. Nessa rede se insere a educação formal ou uma redefinição do seu papel perante a comunidade e seus recursos educativos não formais e informais.

(textos retirados do livro encontros museológicos – reflexões sobre a museologia, a educação e o museu por Maria Célia Teixeira Moura Santos)

terça-feira, 19 de abril de 2011