Pesquisar este blog

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Educação curatorial: deslocamentos

Deslocar: tirar e por onde meu olhar deseja, exige e necessita enxergar.
Ocupar um lugar: compreendê-lo, redefini-lo, descobri-lo, senti-lo.

Para onde vai seu olhar ao adentrar em uma exposição de arte? Esta é uma pergunta, tão pouco comum, porém de extrema importância para o verdadeiro entendimento de uma simples ou complexa exposição de arte.
Palavras como deslocar e ocupar são talvez pouco discutidas no âmbito cultural, mas que define bem onde e para onde permeia e apreende o olhar do observador. Em uma exposição de arte o público em geral fica prezo ao olhar direto e fixo para as obras de arte. Entranto, o quê e quem as definem? O que as evidencia? Quem as escolhe? São perguntas que normalmente poucos sabem depois de uma longa visita ao museu...
Estas questões tão discutidas em vários espaços de arte, como em Bienais, Centros de Arte, Museus de várias partes do mundo nos influenciaram a falar e praticar estes conceitos considerados ‘’enigmas’’ de uma exposição de arte. Estes espaços acumulam histórias lembranças e funções, e assim como a obra de arte nosso olhar sobre este espaço deve ser moldado e transformado sempre, pois “ocupar um espaço é redefini-lo”. E nada melhor que aplicar estes conceitos no próprio campo: O Museu; onde a experimentação e redefinição de idéias são ferramentas importantes para as nossas propostas.
Ressaltar a importância de compreender e reinventar um espaço expositivo onde se insere o indivíduo, mas também destacá-lo enquanto criador de tudo o que o cerca e que o defini enquanto precursor de todas as ações que permeiam o lugar onde está inserido. Esta é a proposta de uma educação curatorial, caminho que permeará, e nos instigará em todo o programa educativo e, já iniciando no programa Férias no Museu.
Confiram abaixo alguns registros das atividades realizadas pelos alunos do Projeto BH para crianças.






Texto escrito pelo Arte educador Pedro